sábado, 25 de setembro de 2010

Carta de Tamy para Nai

Virar gente grande é muito chato!

Devo me render a tal afirmação. Até eu, que vivo as primícias da vida adulta já sinto o peso: colocar o lixo lá fora, vencimento do cartão de crédito, matrícula, casa, criança. Eita! E minha pimenteira? Quando terei tempo para regá-la? Não perder, mais uma vez, de vê-la colocar brotinhos verdes que se avermelham amiúde.
Não importava quantos litros de coca-cola eu tomasse, minha pele nunca ficava flácida e não importava a distância, percorria quilômetros sem fardo.
Hoje: Não importa o número de cremes e dietas, nada parece funcionar.
Levar uma queda era um drama e depois de grande, ninguém se importa se machucam seu coração.
E hoje, quanto vale o dólar? Eu não precisava saber disso para brincar de mercadinho no meu quintal. Papai e mamãe não precisavam ser gênios para serem as pessoas mais espertas do mundo.
Poderia citar milhões de exemplos de perspectivas diferentes, de como o mundo parecia mais cor-de-rosa. E agora me pergunto: Ser gente grande é ser daltônico e perder algumas cores deste mundo?

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